FERVEDOURO
No século
XVIII, já falavam que o fervedouro, uma nascente de água na periferia da
cidade, era mal assombrado, sempre nas noites escuras de tempestade, aparecia
um cavaleiro vestido de vaqueiro, aboiando numa rês endiabrada. È uma história
que passou a ser parte da lenda folclórica regional.
Quando o
prefeito o Sr. Antônio Augusto de Mattos assinou convênio com o DNOCS, para
recuperação do sistema de abastecimento de água de Coração de Jesus, a única
fonte de água potável era a do fervedouro, uma região muito difícil de mexer,
pantanosa e mal assombrada, diziam os moradores locais.
Mas era a
única que poderia sanar Coração de Jesus, do problema que tanto afligia, a
falta de água. Com a técnica e máquinas apropriadas, foram iniciados os
serviços de desmatamento da área, pouco tempo depois, descobriram a nascente
que jorravam inocentemente milhares de litros de água pura e invencível, que
borbulhava, de uma areia branca e límpida.
Continuando o
serviço de retirar materiais orgânicos do fundo, para construção de caixas
armazenadoras, veio a primeira surpresa: Quando ao lançar a primeira chaulada
de lama para fora, foi encontrado um casco de cavalo, de uma rês e uma armação
de uma sela, de ferro, neste momento, foi chamada a atenção do Sr. José Alves
de Macedo para o fato. E continuando a limpeza apareceu um par de esporas de
alpaca, dois canos de uma garrucha polveira, um punhal com o cabo de prata, e
um maxilar inferior de um ser humano. Todas essas peças permaneceram com José
Alves de Macedo, até a criação do museu Regional para onde foram doadas.
Talvez uma
coincidência, com a lenda que transcrevemos abaixo que fala de um homem...
”Era um dia
chuvoso, o céu era riscado por faíscas que iluminavam todo o arraial do SS. Coração
de Jesus, os habitantes em suas residências, esperavam o amanhecer. Foi quando
ouviam ao longe o boiar de um vaqueiro que tangia uma rês bravia, completamente
endemoniada pelos relâmpagos que riscavam o céu, provocando sombras que
pareciam espectros esvoaçando pelo ar. As nuvens negras formavam sombras tão
horripilantes que assombravam os mochos que piavam nos altos das arvores.A rês no
desespero corria alucinada ladeira abaixo, com o vaqueiro no seu encalço. Foi
quando não viram mais nada, só um baque infernal, mugidos, relinchos, e gritos
infernais, todos os três desapareceram no pântano do Fervedouro. Veio uma
calmaria, cessou a tempestade, os relâmpagos, o povo com as janelas entre
abertas, olhava o local da tragédia, que tinha calma alucinante. Parecia nunca
ter acontecido nada ali naquele pântano negro.
Texto Extraído dos arquivos de Bira Macedo.
Texto Extraído dos arquivos de Bira Macedo.
Em breve confira as peças do cavaleiro fantasma, no nosso museu.
ResponderExcluirEssas peças estão em poder de Bira Macedo, breve serão expostas no musei da Fundação José Alves de Macedo que será inaugurado até fevereiro de 2013.
ExcluirSempre minha filha vai no Museu e disse que nunca viu essas coisas
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